segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

NU ARTÍSTICO - A Beleza do Corpo








Nu artístico é a designação dada à exposição do corpo de uma pessoa nua em diversos meios artísticos (pintura,escultura ou, mais recentemente, cine e fotografia). É considerado uma das classificações acadêmicas das obras de arte.

A nudez na arte refletiu pelo general os padrões sociais para a estética e a moralidade da época na que a obra foi realizada. Muitas culturas toleram a nudez na arte mais do que na vida real, com diferentes parâmetros sobre o que é aceitável. Assim, num museu no qual se mostram obras com nus, em geral não é aceita a nudez do visitante. Como gênero, o nu é um tema complexo de abordar pelas suas múltiplas variantes, tanto formais quanto estéticas e iconográficas, e há historiadores da arte que o consideram o tema mais importante da história da arte ocidental.

Embora se costume associar ao erotismo, o nu pode ter diversas interpretações e significados, da mitologia até a religião, passando pelo estudo anatômico, ou ainda como representação da beleza e ideal estético da perfeição, como na Grécia Antiga. A arte foi de sempre uma representação do mundo e do ser humano, um reflexo da vida. Portanto, o nu não deixou de estar presente na arte, sobretudo nas épocas anteriores à invenção de procedimentos técnicos para captar imagens do natural (fotografia, cine), quando a pintura e a escultura eram os principais meios para representar a vida. Contudo, a sua representação variou com os valores sociais e culturais de cada época e cada povo, e assim como para os gregos o corpo era um motivo de orgulho, para os judeus —e, depois, para o cristianismo— era motivo de vergonha, era a condição dos escravos e os miseráveis.

O estudo e representação artística do corpo humano foi uma constante em toda a história da arte, da pré-história (Vênus de Willendorf) até a atualidade. O corpo proporciona prazeres e dores, tristeza e alegria, e é um companheiro presente em todas as facetas da vida, com o qual o ser humano transita pelo mundo, e pelo qual sente a necessidade de indagar no seu conhecimento, nos seus pormenores, no seu aspecto tanto físico como recipiente do seu “eu interior”. Da sua faceta mais mundana, relacionada ao erotismo, até a mais espiritual, como ideal de beleza, o nu foi um tema recorrente na produção artística praticamente em todas as culturas que se sucederam no mundo ao longo do tempo.

O nu teve desde tempos antigos - especialmente desde as formulações clássicas da Grécia Antiga— um marcado componente estético, pois o corpo humano é objeto de atração erótica, e constitui um ideal de beleza que vai mudando com o tempo, segundo o gosto coletivo de cada época e cada povo, ou até mesmo o particular de cada espectador. A sexualidade aproximadamente implícita destas imagens levou o gênero do nu a ser objeto quer de admiração quer de condenação e recusa, chegando a estar proibido em épocas de moral puritana, embora sempre desfrutasse de um público que adquiriu e colecionou este tipo de obras. Em tempos mais recentes, os estudos do nu como gênero artístico focam-se nas análises semióticas, especialmente na relação entre obra e espectador, bem como no estudo das relações de gênero. O feminismo criticou o nu como uso objetual do corpo feminino e signo do domínio patriarcal da sociedade ocidental. Artistas como Lucian Freud e Jenny Saville elaboraram um tipo de nu não idealizado para eliminar o conceito tradicional de nu e buscar a sua essência para além dos conceitos de beleza e de gênero.

Atualmente, o nu artístico é amplamente aceite pela sociedade - pelo menos no âmbito ocidental-, e a sua presença cada vez maior em meios de comunicação, cine, fotografia, publicidade e outros mídia, converteu-o num elemento icônico mais do panorama cultural visual do homem e da mulher atual, embora para algumas pessoas ou alguns círculos sociais continue sendo tabu, devido a convencionalismos sociais e educacionais, gerando um preconceito para a nudez, que é conhecido como “gimnofóbia” ou “nudofóbia”.

Artes cênicas
Josephine Baker na revista Un vent de folie (1925).
O nu é também um recurso habitual nas artes cênicas como o teatro e a dança, especialmente desde meados do século XX. Nestas formas artísticas o corpo tem uma especial relevância, pois é transmissor, pelos seus gestos e movimentos, de uma grande quantidade de expressões e sentimentos. No teatro, onde se encena um conto ou drama literário, o nu pode estar justificado —como no cine— pelo roteiro, em cenas no âmbito doméstico ou qualquer situação que o requeira. O nu teatral adquiriu um grande auge nestes últimos tempos graças ao teatro experimental e à influência do happening e a performance, espetáculos que pela sua representação ante um público têm um forte componente teatral. Em tais casos a nudez é empregue como forma de provocação, de impactar o público, de pôr em dúvida os convencionalismos sociais.

Contudo, o nu chegou também ao teatro clássico, em casos como o papel de Desdémona representado pela atriz Sarah Stephenson na montagem do Otelo de Shakespeare efetuado no Mermaid Theatre de Londres em 1971. Em 2007 houve uma grande polêmica pela aparição de Daniel Radcliffe nu na obra Equus, dirigida por Peter Shaffer no Gielgud Theatre da capital inglesa. Radcliffe insistiu em que o nu era somente um elemento mais na obra. A obra conseguiu um enorme sucesso, tanto de público como de crítica.

Na dança, o nu adquire um especial significado, pois é uma forma de expressão do corpo humano, que é o instrumento do qual se servem os bailarinos para mostrar a sua arte. As técnicas de dança requerem grande concentração para dominar todo o corpo, com especial insistência na flexibilidade, na coordenação e no ritmo. Na antiga Roma era frequente que as dançarinas se despissem, especialmente nas festas saturnais e lupercais, sendo prova do seu sucesso o que chegassem até a atualidade os nomes de algumas destas bailarinas, como Taletusa e Cíteris.

No século XX buscaram-se novas formas de expressão baseadas na liberdade do gesto corporal, liberto das ataduras da métrica e do ritmo, adquirindo maior relevância a auto-expressão corporal e a relação com o espaço. Isadora Duncan foi uma das principais promotoras do nu na dança, bailando em numerosas ocasiões seminua ou com finas telas transparentes, como se podia constatar nos copos e nas cerâmicas da Grécia Antiga, com a pretensão de romper com o academismo e a rigidez do ballet clássico. Desde então a nudez na dança contemporânea oscilou segundo a época, aparecendo à época de liberdade e aberturista social, e retraindo-se em períodos de moral mais puritana. Em tempos modernos o corpo nu foi usado por coreógrafos como Jan Fabre, Daniel Léveillé, Maureen Fleming, Lia Rodríguez, Alban Richard, Eléonore Didier, Anna Ventura, Kataline Patkaï.

O nu foi adquirindo relevância na dança especialmente desde a década de 1960, concebido como a mais pura forma de expressão do corpo. Se nos 60 estava em consonância com a libertação sexual, nos anos 1980 teve certo aspecto de reivindicação política, enquanto atualmente é uma mera escolha estética. Para a historiadora Rose Lee Goldberg, a nudez seria uma reação contra a excessiva técnica dos meios audiovisuais, afirmando que “é como se cada certo tempo precisássemos lembrar que a coreografia tem a ver com o corpo”.

Ainda que atualmente seja frequente a nudez na dança, há alguns anos era um tema incômodo, até mesmo para coreógrafos inovadores como Merce Cunningham, que no seu balé Rain Forest (1968), no qual colaborou com o artista pop Andy Warhol, frente à sugestão deste de que os bailarinos atuassem nus, decidiu usar malhas de cor pele, que em algumas cenas estavam cortadas para dar a sensação de aranhões na pele. Em 1970 Yonne Rainer apresentou no Judson Flag Show a bailarinos nus sob bandeiras norte-americanas, que gerou uma grande polêmica. Porém, pouco a pouco a nudez foi ganhando terreno: nos 1980, a companhia Dancenoise, formada por Lucy Sexton e Anne Iobst, usou a nudez como uma ferramenta integral, junto a uma estética punk e outros elementos de grande impacto, como o sangue, em espetáculos próximos da performance. Para Sexton, “a nudez de seguida converte-se em vestuário, e essa é a natureza de estar nu no palco: há um momento inicial em que se abre a porta e cai algum tipo de barreira entre o artista e o público. Eles estão nervosos e excitados e ao artista acontece o mesmo, e elimina-se algum tabu social”.
Colette Andris, bailarina de stripteasedos anos 1920.

Outros trabalhos onde a nudez tem um papel protagonista foram: Glory, de Jeremy Wade, um duo nu que apresenta aos bailarinos arrastando-se e retorcendo-se pelo chão, como signo de vulnerabilidade; Giant Empty e Excessories, de Miguel Gutiérrez, no qual os artistas se tocavam os peitos e os pénis, como mostra de objetuação do corpo; Michael, de Ann Liv Young, no qual o nu é uma metáfora de autenticidade, de naturalidade do corpo; ou NOVA, de Rose Anne Spradlin, onde bailarinos rasgam com tesoiras a roupa a outros até os deixar nus.

Uma variante cênica na que adquiriu grande relevância o nu —especialmente desde princípios do século XX— foi o cabaré, espetáculo geralmente noturno que costuma combinar música, dança e canção —mas que pode incluir também a atuação de humoristas, ilusionistas, mimos e muitas outras artes cênicas -, desenvolvido em salas como Moulin Rouge e Folies Bergère de Paris, onde estrelas como Linopovska e Pouliguen triunfaram com tão somente mostrar os seios nus integrais. Foi nos cabarés que apareceram os primeiros travestis num palco, e onde se representaram as primeiras pantomimas de homossexuais e lesbianas. Neste tipo de espetáculos triunfaram estrelas como Loïe Fuller, Cléo de Mérode e Josephine Baker, que se tornou famosa ao dançar o charleston vestida somente com um cinturão de bananas.

Espetáculos como o cabaré puseram em voga o strip-tease, uma forma de dança na que a pessoa executante se vai tirando a roupa sensualmente ante os espectadores, no que o deleite estético se encontra no fato de se despir com movimentos sensuais, e não na própria nudez. Este tipo de espetáculo fez famosa à célebre Mata Hari em princípios do século XX, enquanto atualmente lançou ao estrelato a figuras como Dita Von Teese e Chiqui Martí, defensora do strip-tease como arte, para o que cunhou o termo strip-art. Igualmente, o strip-tease foi um recurso frequentemente usado pelo cine, como o de Brigitte Bardot e Jeanne Moreau em Viva Maria! (1965), Kim Basinger em Nove Semanas e Meia (1986) e Demi Moore em Striptease (1996).


Veja abaixo algumas fotos de nu artístico de Luh Pinheiro, disponíveis no endereço eletrônico: http://kittyonline.com.br/k/index.php/fatos-a-fotos/principal/1113-q-nu-artistico-q-por-luh-pinheiro-



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DICAS PARA ATORES INICIANTES

Se você tem talento, quer ser ator ou atriz, mas não sabe como começar sua trajetória, nós te ajudar. Para isso, selecionamos as perguntas mais frequentes de nossos cadastrados e entrevistamos profissionais gabaritados e experientes na área.Para saciar nossas dúvidas, contamos com ajuda de:Charles Daves (ator, diretor e sócio na CN Artes), Ithamar Lembo (ator, diretor e roteirista), Anja Bittencourt (atriz, diretora, professora de teatro e produtora cultural) eHana Oliveira (Cineasta, trabalha no Studio Fátima Toledo).

Qual o primeiro passo a ser seguido por iniciantes que almejam a carreira de ator/atriz?

Charles Daves: O primeiro passo é se matricular em um curso de teatro, até mesmo para descobrir se é isso mesmo que quer.

Ithamar Lembo: Antes de mais nada, [a pessoa deve] se perguntar: eu realmente tenho talento? Eu realmente tenho vocação pra isso? Eu reamente gosto e quero fazer isso por vontade honesta e não por fama, dinheiro, ser mais fácil, nem nenhum outro motivo menor? Se responder sim, honestamente, para todas as perguntas, então você está em um bom caminho.

Anja Bittencourt: A primeira medida é fazer um curso pra ver se é isso mesmo.

Hana Oliveira: Primeiramente, você procurar uma escola de interpretação com grande potencial. Em paralelo aos estudos, pesquise onde estão acontecendo as produções de curtas-metragens em escolas de cinema e, também, companhias de teatro para adquirir experiências. Fazendo isso, você se divulga e acaba surgindo convites para futuros trabalhos profissionais remunerados.

Como se tornar profissional?

Charles: O ator pode se profissionalizar por dois caminhos: um deles é se formando em uma escola profissionalizante, que o dará embasamento teórico, além de prepará-lo para o mercado. O outro caminho é ir fazendo cursos livres e em paralelo, participando de espetáculos. Neste caso, em geral, é mais fácil começar no teatro Infantil.

Ithamar: Tecnicamente e legalmente falando, tendo formação. Fazendo um curso sério, de qualidade, que o qualifique para exercer a profissão. Praticamente falando, depende das respostas à primeira pergunta. Existem muito mais profissionais fora da mídia, ganhando no limite da sobrevivência, fazendo diversas coisas na área, e até fora dela, para conseguir se manter na carreira. Para cada Cauã [Reymond], existem dezenas, talvez centenas, de atores correndo atrás de um trabalhinho, nem sempre grandioso, para pagar as contas. Daí a necessidade de ter vocação. O talento é uma parte do negócio. É a vocação que faz você ter força, determinação e paciência pra seguir na sua escolha apesar dos percalços.
Se tornar profissional não é o mais difícil. Viver dignamente da sua profissão é o mais complicado e, para isso, não existe receita. Você precisar ter boa formação, talento, vocação, se dedicar, ser ético, mas vai precisar de uma boa dose de sorte, de construir boas relações profissionais, de estar na hora certa, no lugar certo, agarrar as oportunidades e, porque não, quem sabe, um bom padrinho.

Anja: Que dê habilitação para o Registro Profissional (tem vários, de vários níveis).

Hana: Tem que investir muito em projetos independentes no teatro e no cinema. Nunca coloque o sucesso em primeiro lugar. Sendo assim, você já pode se considerar um profissional.

O que mudou no modo de divulgação do ator com a Era digital? E para o profissional que já está no mercado, há alguma mudança?

Charles: Com a era digital, tudo se torna menos difícil. O videobook, por exemplo, que é o material que "vende" o ator, pode ser encaminhado para os produtores de elenco, via e-mail, já que o ator pode deixá-lo disponível no YouTube. E mais: o ator pode, por exemplo, atuar em webséries e mostrar seu trabalho.

Ithamar: Sinceramente, não sei. Acho que não mudou. Na verdade existem mais possibilidades para o ator divulgar seu trabalho. Porém, essas mesmas ferramentas que, supostamente, facilitam e aumentam o alcance, podem ser um tiro no pé. Tenho visto muitos atores colocando seus trabalhos em redes sociais e, sendo bem franco, muito mais porcaria que coisas boas. Ou seja, é uma faca de dois gumes. Se você tem critério, bom senso, e sabe usar essas ferramentas a seu favor, são ótimas. Mas se você não souber usar, pode te divulgar de uma maneira não muito positiva e dificultar sua vida ao invés de ajudar. E tenho visto isso demais por aí. Para mim que já estou no mercado há algum tempo, mudou apenas a praticidade. A facilidade em mandar material, divulgar espetáculos, o trabalho, enfim, foi uma mudança de ordem prática.
Mas não acho que tenha mudado alguma coisa no que diz respeito a viabilizar trabalhos.

Anja: Com verteza ficou mais fácil da pessoa se divulgar, mostrar a cara e até mesmo algum trabalho. Quem não é visto não é lembrado.

Hana: Sim. Hoje, o ator não precisa mais levar o CD com o material nas agências e produtoras. Ele pode ter um website, blog, site de relacionamentos, etc. Muitos dos diretores e produtores de elenco estão nesses sites à procura de atores e, com toda essa plataforma de possibilidades, fica mais fácil você chegar a uma produção de seleção de atores.

Como o ator pode usar a internet a seu favor? Quais as vantagens e desvantagens?

Charles: Só vejo vantagens no uso da internet pelo ator. O que ele precisa ter é medida nas atitudes. Aprender a se divulgar sem ser excessivo. Encaminhar seus vídeo, suas fotos e aguardar a oportunidade de uma escalação.

Ithamar: Acho que a resposta já está na outra pergunta [sobre divulgação na Era digital]. A ferramenta está disponível e você conhece o tamanho do seu alcance. Saiba usá-la com critério e bom senso. E nunca, eu disse NUNCA, tenha como critério a possibilidade de "se dar bem", de "estourar", de "quanto mais gente vir, melhor". Isso não vai acontecer. Os pouquíssimos casos em que aconteceu, são exceções e não a regra. A chance de você se dar mal é muito maior.

Anja: Não encher o saco de ninguém é fundamental. Saber que rede social não é lugar pra pedir emprego.

Hana: Relacionando-se em redes sociais como, por exemplo, o facebook ou até mesmo um blog . Conte um pouco da sua rotina diária das produções desenvolvidas e assim o ator vai montando o próprio material on line. Isso facilita na hora de se apresentar como profissional para uma produção de atores.

A web substituiu o teatro que é considerado, por muitos, o pontapé inicial, a primeira experiência na carreira dos atores?

Charles: Não acho que a web tenha substituído o teatro não, mas realmente passou a ser mais uma vertente para o início de uma carreira. Mas no teatro, o ator pode descobrir diversos recursos próprios e o audiovisual passa a ser uma extensão, um complemento de linguagem.

Ithamar: Nada substitui o teatro. E não sei de onde parte essa afirmação de que muitos consideram o teatro o pontapé inicial na carreira de ator. Muito pelo contrário. Hoje em dia, o que 90% das pessoas, que partem pra essa área, querem é TV.

O teatro não é pontapé inicial na carreira de um ator. O teatro é fundamental na carreira de um ator. No início, durante e sempre.

Um ator que não tem interesse, vontade e prazer no teatro, provavelmente, não respondeu "sim" às questões da minha primeira resposta.

E não tem como a web substituir o teatro. São linguagens absolutamente diferentes, proporcionam coisas diferentes, tanto para quem vê, quanto para quem faz.

Na verdade o rádio substituiu o teatro, o cinema substituiu o teatro, a TV substituiu o teatro, mas ele permanece aí, vivo, impactante, feito à unha por aqueles que realmente querem ser atores, têm talento para isso e vocação para carreira.

Anja: De jeito nenhum. São coisas muito diferentes. Mas o teatro ainda é a casa do ator. Uma peça bem falada, bem vista, é o melhor cartão de visitas que existe.

Hana: Não, porque um colabora com outro. Quanto mais possibilidades puder encontrar para se auto-divulgar, melhor será.

Ingressar no cinema e na TV é mais complicado? Como fazer?

Charles: Na TV e no cinema o mercado é mais restrito sim. Veja a quantidade de teatros que existem e a quantidade de produções de teledramaturgia e de cinema. O ator deve se preparar para fazer um teste no veículo, por se tratar de uma linguagem específica.

Ithamar: Se existisse uma fórmula, não existiriam tantos atores desempregados por aí. Ser ator, neste país, é complicado. Manter-se vivendo unicamente da sua profissão é complicado. A última parte da minha resposta à pergunta 2, responde também essa pergunta.

Anja: É mais complicado porque não dá pra gerar sozinho, como montar um monólogo, por exemplo. Tem que ter Registro Profissional [DRT] e se cadastrar.

Hana: Nada é complicado quando há vontade de crescer profissionalmente. Acredito que no cinema é mais fácil, porém não exige experiências anteriores ou até mesmo o registro profissional em alguns casos.

Fonte: http://www.testedeelenco.com.br/blog/dicas-para-atores/2805-dicas-para-atores-iniciantes

CUIDADO NO HORA DE ESCOLHER UM CURSO


Há quem prefira estudar por conta própria e mergulhar em livros em busca de aprendizado, mas a grande maioria das pessoas prefere ter uma referência profissional mais próxima e sai em busca de cursos na procura pela formação acadêmica que julga ideal.

É preciso tomar muito cuidado ao escolher um curso para iniciar, ou se aperfeiçoar, na carreira de ator. No mercado de atuação existe uma grande oferta, principalmente nas principais capitais do Brasil, e, infelizmente, a quantidade de picaretas é proporcional.

A escolha da profissão de ator pode ser tomada com emoção (e até com um certo impulso), mas você deve ser racional na hora de definir os primeiros passos. Planejar a sua carreira desde os momentos iniciais é fundamental para evitar frustrações e surpresas no caminho.

Você tem certeza que quer ser ator?

Os cursos mais comuns na área de preparação de atores estão dividos em Cursos Regulares e Cursos Livres. Ao escolher, por exemplo, um Curso Superior de Artes Cênicas verifique:
  • Se o Curso e a Instituição de Ensino são reconhecido pelo MEC;
  • Se o Curso é reconhecido pelo SATED (Sindicato dos Artistas) da sua região;
  • Se as matérias estão de acordo com as suas expectativas. Veja a grade curricular;
  • Se os professores já estão no mercado e há quanto tempo. Procure sobre eles na Internet;
  • Se a Escola possui boa infra-estrutura (salas de ensaios, de apresentações, alimentação e hospedagem próximas, etc).

Em relação aos Cursos Livres, dividiremos de duas maneiras: os que são realizados em Escolas para Atores e os que são produzidos por produtores independentes. Para a escolha de um Curso Livre numa Escola para Atores, fique bem atento às dicas. Verifique:
  • Se o curso é reconhecido pelo SATED (Sindicato dos Artistas) da sua região. Caso a escola prometa o DRT (registro profissional), confirme essa informação com o SATED;
  • Se o Programa do Curso está de acordo com as suas expectativas;
  • Se os professores já estão no mercado e há quanto tempo. Procure sobre eles na Internet;
  • Se o tal diretor famoso que você está doido para ser dirigido vai ministrar todas as aulas;
  • Se a turma não tem muitos alunos (mais de 30 pode dificultar a atenção dada a cada aluno);
  • Se não são cobradas taxas extras além do combinado inicialmente;
  • Se no final do curso eles entregarão algum tipo de material (em alguns casos são entregues vídeos com as cenas gravadas em aula) e se não vão cobrar a mais por isso.

Produtor independente é aquele que contrata o profissional (geralmente um diretor, produtor ou preparador de elenco) que vai dar as aulas e o local, sem a chancela de uma Escola tradicional. Nestes casos, os cuidados a tomar devem ser maiores. Porém, antes de qualquer coisa, é bom que se saiba que os picaretas estão por toda a parte e em qualquer seguimento. Por exemplo: temos parceiros super profissionais que trabalham de maneira independente (não são escolas) e seus alunos não tem o que se queixar. Sempre buscam profissionais de alto nível em seus workshops e são pessoas sérias. Aliás, um deles é o Spartus Alves, da SA Filmes, que atualmente está produzindo um workcine com a produtora de elenco mais cobiçada do momento, Fátima Toledo.

Fiquem bem atentos, pois já recebemos denúncias de produtores que não são profissionais e que desrespeitam alunos com turmas muito cheias, em locais inapropriados, que prometem Registro Profissional e que, muitas vezes, nem aparecem para dar aulas.

Como, na maioria dos casos, não há uma empresa legal por trás da negociação, pode ser mais difícil tentar reaver um dinheiro investido dessa forma (contratando um produtor independente).

Seguir as dicas deste post podem ajudar, mas é essencial que você busque informações sobre cada curso que você tiver interesse, livre ou regular, na Internet e entre os amigos.

Você tem alguma dica para acrescentarmos aqui? Mande pelos comentários.

Curtiu o post? Compartilhe entre os amigos!

Fonte: http://www.testedeelenco.com.br/blog/dicas-para-atores/4275-cuidado-na-hora-de-escolher-um-curso